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Filosofia, 27.07.2020 01:14 tay5876

1. Identifique a principal ideia desenvolvida pelo autor. 2. Transcreva a frase na qual Cassirer justifica como a aprendizagem de Helen Keller era semelhante àque- la de animais primatas. Em seguida, identifique o tipo de signo a que se refere essa aprendizagem inicial. 3. Transcreva e explique a frase do texto que indentifica a conquista da linguagem simbólica alcançada por Helen Keller O texto: Parece ser incontestável que pelo menos algumas reações dos animais superiores não são mero produto do acaso, senão guiadas pela visão mental. Se, por inteligência entendermos a adaptação ao meio ambiente ou a modificação adaptativa do meio, deveremos, por certo, atribuir aos animais uma inteligência relativamente bem desenvolvida. Cumpre reconhecer também que nem todas as ações animais são governadas pela presença de um estímulo imediato. O animal é capaz de toda sorte de rodeios em suas reações. Pode aprender não só a usar instrumentos mas também a inventá-los para seus propósitos. Por isso, alguns psicobiologistas não duvidam em falar de uma imaginação criadora ou construtiva dos animais. Mas nem essa inteligência nem essa imaginação são do tipo especificamente humano. Em suma, podemos dizer que o animal possui uma imaginação e uma inteligência práticas, ao passo que só o homem criou uma forma nova: uma imaginação e uma inteligência simbólicas. Além disso, no desenvolvimento mental do espírito, é evidente a transição de uma forma a outra – de uma atitude meramente prática a uma atitude simbólica. Todavia, esse passo é o resultado final de um processo lento e contínuo. Não é fácil distinguir as etapas individuais desse complicado processo pelos métodos usuais da observação psicológica. Existe, porém, outro caminho de se obter plena visão do caráter geral e da extraordinária importância dessa transição. A própria natureza, por assim dizer, realizou uma experiência capaz de projetar luz inesperada sobre o assunto em questão. Temos os casos clássicos de Laura Bridgman e Helen Keller, duas crianças cegas e surdas-mudas que, por meio de métodos especiais, aprenderam a falar. Embora esses casos sejam bem conhecidos e tenham sido tratados com frequência na literatura psicológica, vejo importância em recordá-los mais uma vez por encerrarem, talvez, a melhor ilustração do problema geral de que nos ocupamos. A sra. Sullivan, professora de Helen Keller, registrou a data exata em que a criança realmente principiou a compreender o sentido e a função da linguagem humana. Cito-lhe as próprias palavras: ‘Preciso escrever-lhe uma linha hoje cedo porque algo muito importante aconteceu. Helen deu o segundo grande passo em sua educação. Aprendeu que tudo tem um nome, e que o alfabeto manual é a chave de tudo o que ela deseja saber. [...] Hoje cedo, enquanto se lavava, ela quis saber o nome correspondente a água. Quando quer saber o nome de alguma coisa, aponta para essa coisa e dá umas palmadinhas na minha mão. Soletrei á-g-u-a e não pensei mais no assunto até depois do café... [Mais tarde] fomos à casa da bomba, e fiz que Helen segurasse sua caneca debaixo da bica, enquanto eu bombeava. Ao jorrar a água fria, enchendo a caneca, escrevi á-g-u-a na mão aberta de Helen. A palavra, que se juntava à sensação de água fria que lhe escorria pela mão, pareceu sobressaltá-la. Deixou cair a caneca e quedou como que paralisada. Nova luz iluminou-lhe o rosto. Soletrou água várias vezes. A seguir, inclinou-se até o solo e perguntou-me o nome, apontando para a bomba e para o caramanchão e, voltando-se de repente, perguntou o meu nome. Soletrei professora. Durante a volta para casa, mostrou-se excitadíssima, e aprendendo o nome de todo objeto que tocava, de modo que, em poucas horas, havia acrescentado trinta palavras novas ao seu vocabulário. Na manhã seguinte, levantou-se como uma fada radiosa. Adejou de um objeto a outro perguntando o nome de tudo e beijando-me alegremente. Tudo agora precisa ter um nome. Aonde quer que vamos, pergunta, ansiosa, os nomes das coisas que não aprendeu em casa. Espera, sôfrega, que os amigos soletrem e vive aflita por ensinar as letras a todas as pessoas que encontra. Abandona os sinais e a pantomima que antes empregava, uma vez que dispõe de palavras para substituí-los, e a aquisição de uma palavra nova lhe proporciona o mais intenso prazer. E notamos que seu rosto se torna cada dia mais expressivo2.’

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