resposta:
convenção nacional ou simplesmente convenção é a denominação dada ao regime político que vigorou na frança entre 20 de setembro de 1792 e 26 de outubro de 1795, no processo da revolução francesa. sucedeu ao regime da assembleia nacional legislativa (o parlamento francês instituído pela constituição de 1791) e fundou a primeira república francesa. seus membros foram eleitos por sufrágio universal masculino, fato inédito na frança e no mundo, com a finalidade de dar uma nova constituição ao país, o que se tornara necessário desde a destituição de luís xvi, em agosto de 1792.
explicação:
a convenção tinha os jacobinos (partido representado pela pequena e média burguesia, liderado por robespierre) como maioria entre seus membros. para fins legislativos e administrativos a convenção criou - entre outros - o comitê de salvação pública e o comité de segurança geral.
em consequência do predomínio das alas radicais, o novo governo ordenou a execução de luís xvi, em janeiro de 1793. assustados com a radicalização do processo, as monarquias absolutistas da europa resolveram se mobilizar contra a revolução. a inglaterra, que temia a concorrência comercial de uma fortalecida burguesia francesa, financiou os exércitos da primeira coligação, formados por tropas , austríacas, prussianas e , para atacar a frança revolucionária. ao mesmo tempo em que esses exércitos se organizavam, a instabilidade política e econômica tomava o país de assalto.
em junho de 1793 os jacobinos impeliram os sans-culottes a perseguir e prender os girondinos. com isso, marat, hébert, danton e robespierre formaram a chamada convenção montanhesa (ou jacobina). nessa nova etapa, a convenção passou a contar com uma série de comitês responsáveis por diferentes tarefas. o comité de segurança geral era responsável por conter as revoltas internas (ver: revolta lionesa contra a convenção). o comitê de salvação pública comandava os exércitos e administrava as finanças públicas. por último, o tribunal revolucionário prendia e julgava os traidores da revolução.[1]
a instabilidade política e o clima de desordem pioraram entre 1793 e 1794. sob o mando de robespierre o chamado terror se instalou nas ruas de paris. várias pessoas, consideradas traidoras do ideal revolucionário, foram julgadas e executadas sumariamente. várias leis de forte apelo popular foram instauradas.
o tabelamento dos preços, estabelecido pela lei do preço máximo, tentava o processo inflacionário da economia. vários bens da igreja e da nobreza foram vendidos em leilões públicos. o ensino público gratuito também foi outra grande medida dos revolucionários jacobinos. no plano exterior, ordenaram o fim da escravidão colonial incentivando novos processos de independência no continente americano.
a onda de prisões e assassinatos, a pressão das forças militares externas e o enfraquecimento da economia causaram a desorientação dos radicais. a desordem chegou a tal ponto que os próprios jacobinos foram vitimas de perseguição política. perdidos no calor dos problemas que afligiam a revolução os jacobinos pereceram frente ao golpe político organizado pela burguesia.
em 27 de julho de 1794, os girondinos retiraram robespierre do comando do poderoso comitê de salvação pública, e por consequência, da própria convenção, até então atemorizada com as mais de 5 mil execuções. com a volta do projeto político da alta burguesia, as leis populares foram revogadas e uma nova constituição elaborada. os setores populares foram excluídos dos quadros políticos. o novo governo seria exercido por um diretório escolhido por cinco membros escolhidos pelos deputados. o regime da convenção foi sucedido pelo diretório, que teve início em 2 de novembro de 1796.[