Leia o excerto a seguir: "[...] O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada: pois cada um pensa estar tão bem provido dele, que mesmo os mais difíceis de contentar em qualquer outra coisa não costumam desejar tê-lo mais do que o têm. Não é verossímil que todos se enganem nesse ponto: antes, isso mostra que a capacidade de bem julgar, e distinguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o que se chama o bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens; e, assim, que a diversidade de nossas opiniões não se deve a uns serem mais racionais que os outros, mas apenas que conduzimos nossos pensamentos por vias diversas e não consideramos as mesmas coisas[...]"
GUINZBURG, Jacob. O Discurso do Método. São Paulo, 1973, p.39.[trecho adaptado]

​ As bases do método filosófico moderno estão diretamente relacionadas aos pressupostos do pensamento racionalista de René Descartes (1596-1650). Sobre a contribuição de Descartes para a educação moderna é correto afimar:
Alternativas
Alternativa 1:
O conhecimento deve, antes de tudo, ser livre e guiado pelos princípios e orientações de ordem teológica e ou religiosa.

Alternativa 2:
A epistemologia racionalista tem como enfoque o aluno, porque parte do pressuposto de que o conhecimento verdadeiro está nele.

Alternativa 3:
Sua famosa máxima "Penso, logo existo" exclui qualquer método para a racionalização do conhecimento, visto que ele já existe em todo ser humano.

Alternativa 4:
A "educação racionalista", isto é, com base na razão, proposta por Descartes, é idêntica ao pensamento pedagógico da Idade Média, que se dava com base na fé.

Alternativa 5:
Relacionando o raciocínio de Descartes para o campo da educação, poderíamos afirmar que, para ele, todo o conhecimento provém da dúvida. Assim sendo, caberia a qualquer professor instigar seus educandos a "duvidar". Desafiá-los seria o caminho para a aprendizagem.