a nanotecnologia está em alta, tanto que não param de anunciar novidades nesse campo. a mais recente delas é de uma universidade em san diego, califórnia, que conseguiu implantar, em ratos vivos, nanorrobôs que se autodestroem.
ok, ótimo, mas por que isso é tão importante? é só imaginar as implicações médicas que essa conquista pode trazer, por exemplo: levar e aplicar remédios em lugares específicos do nosso corpo, sem causar efeitos colaterais, já que eles destroem a si mesmos, sem deixar quaisquer vestígios de produtos químicos nocivos para trás.
os pequeninos são feitos de tubos de polímeros cobertos com zinco e têm apenas 20 micrômetros, a largura de um fio de cabelo humano. ao entrar em contato com o ácido estomacal, o zinco reage produzindo bolhas de hidrogênio, que impulsionam as máquinas para a parede do estômago. lá, os robozinhos se fixam, começam a se dissolver e liberar suas “cargas” na área em questão.
os cientistas acreditam que essa pode ser uma boa forma para tratar doenças como a úlcera. é óbvio que a pesquisa ainda vai demorar para ter esses resultados, mas já é um grande passo para a evolução da nanotecnologia e da medicina. estamos aguardando, ansiosamente.
as três principais áreas nas quais podemos esperar grandes benefícios provenientes da nanotecnologia são1-3:
na prevenção de poluição ou dos danos indiretos ao meio ambiente. por exemplo, o uso de nanomateriais catalíticos que aumentam a eficiência e a seletividade de processos industriais resultaria num aproveitamento mais eficiente de matérias primas, com consumo menor de energia e produção de quantidades menores de resíduos indesejáveis. a nanotecnologia vem contribuindo para o desenvolvimento de sistemas de iluminação de baixo consumo energético. na área da informática, o uso de nanoestruturas de origem biológica pode oferecer uma estratégia alternativa para a fabricação de dispositivos microeletrônicos. a nanotecnologia também vem aprimorando o desenvolvimento de displays (como, por exemplo, monitores de computador ou displays dobráveis de plástico que podem ser lidos como uma folha de papel) que, além de serem mais leves e possuirem melhor definição, apresentam as vantagens da ausência de metais tóxicos na sua fabricação e de terem um consumo menor de energia.
no tratamento ou remediação de poluição. a grande área superficial das nanopartículas lhes confere, em muitos casos, excelentes propriedades de adsorção de metais e substâncias orgânicas. a etapa subseqüente de coleta das partículas e remoção de poluentes pode ser facilitada pelo uso, por exemplo, de nanopartículas magnéticas. as propriedades redox e/ou de semicondutor de nanopartículas podem ser aproveitadas em processos de tratamento de efluentes industriais e de águas e solos contaminados baseados na degradação química ou fotoquímica de poluentes orgânicos. num cenário futurístico, um exército de nano-bots poderia ser utilizado para descontaminar microscopicamente sítios de derrame de produtos químicos.
na detecção e monitoramento de poluição. a nanotecnologia vem permitindo a fabricação de sensores cada vez menores, mais seletivos e mais sensíveis para a detecção e monitoramento de poluentes orgânicos e inorgânicos no meio ambiente. avanços em sensores para a detecção de poluentes implicam diretamente num melhor controle de processos industriais; na detecção mais precoce e precisa da existência de problemas de contaminação; no acompanhamento, em tempo real, do progresso dos procedimentos de tratamento e remediação de poluentes; num monitoramento mais efetivo dos níveis de poluentes em alimentos e outros produtos de consumo humano; na capacidade técnica de implementar normas ambientais mais rígidas, etc.