Qual é a importância de jihad nos dias de hoje

A doutrina do jihad só se desenvolveu com o tempo, a partir do século II/  VIII. Não há evidências, por exemplo, de guerras religiosas na Arábia pré islâmica.

Da mesma forma, as conquistas islâmicas dos séculos VII e VIII  só foram classificadas como jihad depois e não sabemos como os muçulmanos  da época as chamavam. As conquistas do império otomano na Europa não eram chamadas, pelos turcos, de jihad. Isso dissipa as afirmações de que o jihad é uma  característica “essencial” das civilizações muçulmanas ou da religião islâmica.

O jihad é, em todos os seus sentidos, uma parte do testemunho de Deus no mundo. Devemos considerar que nos dois impérios aos quais se contrasta a islâmica nascente na Península Arábica: o Império Bizantino  e o Império Sassânida da Pérsia, a estrutura do poder estava profundamente imbricada com as instituições  religiosas, a preservação e livre pregação da mensagem islâmica, bem como a própria sobrevivência da comunidade religiosa islâmica nascida em Medina, implicavam num esforço, ao mesmo tempo  político, militar e religioso.

Assim, o objetivo primordial do jihad não é simplesmente a conquista por si só, mas “elevar a palavra de Deus”, é um tipo de luta ou esforço, o empenho de um indivíduo  para o seu próprio bem ou para o bem coletivo, a pregação ou, em última instância, a luta armada.

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Explicação:

A Jihad ajudou a combater as tribos pagãs e a fortalecer o projeto político, econômico e religioso de Maomé e seus seguidores, tendo sido um momento histórico fundamental na unificação da Península Arábica.

Até então o território era ocupado por tribos que tinham em comum traços étnicos e culturais, mas que pertenciam a diferentes religiões e que constantemente entravam em conflito. Com o elemento unificador do Islã (que, além de religião, é um conjunto de leis, práticas econômicas e uma moral) forma-se ali um Estado unificado, uma vez aperfeiçoado, passou a anexar seus vizinhos durante as Expansões Árabes da Idade Média.