
Revolta de Ajuricaba Na disputa pelas drogas do sertão no século XVII, os portugueses avançaram sobre a região do Vale do rio Negro, na Amazônia, onde a população indígena tinha grande densidade. Além de empregarem os índios na coleta dos produtos, interessava aos portugueses expandir as fronteiras territoriais do império e comercializar escravos indígenas. Este processo foi iniciado com a construção, em 1669, da fortaleza de São José da Barra, na foz do rio Negro. Nessa época, o jesuíta Antonio Vieira afirmou que mais de 2 milhões de índios já haviam sido mortos no processo de colonização do Estado do Maranhão e Grão-Pará (Prezia & Hoornaert, 2000). No Vale do rio Negro, região do rio Jurubaxi, viviam os índios Manao (Farage, 1991), povo guerreiro de língua aruák que dominava outros povos indígenas daquela bacia hidrográfica. Os portugueses trocavam os índios cativos dos Manao por armas, ferramentas e utensílios diversos, recebendo ainda apoio desses índios nas expedições de preação de outros povos. Huiuebene, tuxaua manao que mantinha esses vínculos, acabou morto pelos portugueses devido a desentendimentos comerciais. Em 1723, os Manao decidiram vingar Huiuebene. O guerreiro Ajuricaba, seu filho, afastou as aldeias indígenas dos povoados portugueses e comandou ataques através de emboscadas. Os holandeses da Guiana cediam armas aos índios, buscando alianças que não se efetivaram nas áreas de fronteira. O Pe. jesuíta José de Souza tentou inutilmente convencer os índios a encerrarem o conflito, procurando cooptar Ajuricaba (Farage, 1991). Souza acabou informando à Coroa portuguesa que Ajuricaba deveria ser subjugado pelas armas. A Lei de 28/04/1688 considerava como “justa” a guerra contra os inimigos da fé católica e contra os índios que não reconheciam os domínios reais, ameaçando o Estado português. Baseados nessa lei de 1688, foram elaborados dois “Regimentos de Tropa de Guerra e Resgates no Rio Negro” contra os índios Manao, enfatizando em 1724 e 1726 que esses índios eram criminosos por desejarem as propriedades de suas 57 terras no Vale do rio Negro. Ajuricaba tornou-se criminoso por combater os “resgates” e não desejar alianças com portugueses, impedindo a conquista de mão-de-obra necessária ao projeto colonial português (Carvalho, 1998). Portugal ampliou os recursos militares para o rio Negro, enviando uma expedição militar com forte artilharia para bombardear as aldeias indígenas. Belchior Mendes de Morais, comandante da expedição, seguiu destruindo aldeias e matando os índios habitantes do rio Negro e seus afluentes. Cálculos oficiais falaram em mais de 40 mil índios mortos, além do extermínio do povo Manao. Aprisionado com centenas de outros índios Manao, Ajuricaba rebelou-se a caminho da prisão em Belém, morrendo afogado ao se atirar no rio Negro para escapar dos portugueses. Ajuricaba tornou-se um mito da Amazônia, presente ainda hoje na memória do povo (Souza, 1978, 1979; Carvalho, 1998)
a) O fragmento acima retrata qual conflito? Explique sua resposta.
b) A partir de sua leitura, bem como da consulta em livros ou internet, elabore um relato de como o conflito ocorreu: o que o provocou, seus desdobramentos, seus resultados.
c) Segundo a fonte 1, a partir da análise realizada sobre o conflito, reflita e responda: que consequências a conquista europeia trouxe aos povos nativos?

Respostas: 1
Outra pergunta: História


História, 15.08.2019 01:02
Acaracterística marcante da região habitada pelos povos persas era: a) climas e seminário com montanhas, deserto e poucos vales férteis. b) terras muito férteis e propícias à agricultura. c) todas as alternativas anteriores estão corretas.
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História, 15.08.2019 00:38
Resumo de como era a vida das mulheres em roma e na gréciaé para amanhã me ajudem
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Quais informações da idade média que a cruzadados mendigos e a cruzadas das crianças nosrevelam?
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