Tema: Ocidente Clássico: os gregos antigos. ▪ Vamos trabalhar com texto Segundo a mitologia grega, Midas era rei da Frígia, região da Ásia Menor, localizada na atual Turquia. Certa vez, andando por seu reino, ele encontrou o velho Sileno, um grande amigo do deus Dionísio que havia se perdido nos campos Frígios. Depois de recebê-lo e lhe oferecer alegres banquetes, levou-o até Dionísio, Deus do vinho. Leia seguir uma das versões desse mito. Observação: o texto usa Dionísio e Baco, indiferentemente. Baco é o nome pelo qual os romanos (povo que vivia na península itálica) chamavam o deus Dionísio. Satisfeito, o Deus exortou o rei a pedir-lhe um presente. Ao que Midas respondeu: — Já que posso escolher, Baco, então faça com que tudo que seja tocado por meu corpo se transforme em ouro reluzente. O deus lamentou que ele não tivesse feito uma escolha melhor, mas teve que atender ao pedido formulado. Midas afastou-se alegremente e fez uma experiência. E vejam: um ramo que ele arrancou de um carvalho transformou-se em ouro! Logo depois, apanhou uma pedra do chão e imediatamente tinha nas mãos uma pepita de ouro cintilante. Colheu os grãos maduros dos cereais, e viu-se com as mãos cheias de ouro. As frutas que ele colhia das árvores luziam como as maçãs das hespérides. Encantado, Midas correu para o seu palácio. Mal os seus dedos tocaram as maçanetas do portão e elas entraram a resplandecer como o fogo. A própria água, na qual ele mergulhou as mãos, tornou-se ouro. Fora de si, ele mandou que seus empregados lhe preparassem uma apetitosa refeição. Dali a pouco a mesa estava posta, cheia de saborosas carnes e pão branco. Mal ele pegou o pão, este tornou-se em metal duro como pedra. Enfiou a carne na boca e um ouro reluzente lhe rangeu entre os dentes. Apanhou a taça com o vinho aromático e um ouro líquido desceu por sua garganta. Então, ficou-lhe claro que terrível graça ele pedira ao deus: tornara-se tão rico e ao mesmo tempo tão pobre. Amaldiçoou sua própria estupidez, pois já que não era capaz sequer de satisfazer a própria fome e sede, estava diante de uma morte terrível certa. Desesperado, bateu com o punho na testa - que susto!, Agora seu rosto também reluzia como ouro. Aterrorizado, ergueu as mãos ao céu e suplicou: — Misericórdia, misericórdia, pai Dionísio! Perdoe a minha estupidez e livre-me desse mal terrível! Baco, o Deus amigável, ouviu as súplicas do tolo arrependido, desfez o encanto e disse: — Vá ao rio Pactolo e siga o até encontrar a sua fonte. No sítio onde a água espumante brota do rochedo, mergulha a cabeça na corrente fria. E assim, juntamente com o ouro, você estará lavando a sua culpa. Midas obedeceu as ordens divinas e o encanto se desfez imediatamente. Mas a força criadora de ouro foi transmitida ao rio, que desde então transporta consigo grande quantidade do precioso metal.

Exortar: encorajar, estimular. Hespérides: na mitologia grega, divindades que habitavam os rios, fontes, bosques, montes e prados, também conhecidas como ninfas. Resplandecer: brilhar intensamente. Pactolo: pequeno rio da atual Turquia de cujo leito os gregos antigos extraiam ouro.

a) Por que Dionísio concedeu a Midas um presente?

b) Qual o pedido feito por Midas a Dionísio?

c) Explique a frase do texto: “ tornar assim tão rico e ao mesmo tempo tão pobre.”

d) De qual sentimento humano tratar este mito?

e) De acordo com o mito, esse sentimento trouxe benefícios ou malefícios ao Rei Midas? Justifique sua resposta.

f) Além de tratar de um sentimento humano, o mito oferece uma explicação para um fenômeno da natureza. Que fenômeno é esse?

g) Faça um desenho sobre a passagem que você achou mais importante. (Crie uma legenda para o desenho)

Por favor alguém me ajuda