Vidas secas, de Graciliano Ramos e Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, constituem-se como duas importantes obras do panorama literário brasileiro a incidir no tema da seca e sua ação impiedosa sobre o homem nordestino. Fazem-se, a seguir, alguns juízos críticos sobre essas duas obras, publicadas em 1938 e 1954, respectivamente. Leia, cada um e assinale a alternativa que apresenta julgamento ERRÔNEO com relação às duas obras, simultaneamente Vidas Secas pode ser visto como “irmão” de Morte e vida Severina, não só pela temática, mas também pela linguagem direta, seca, cortante, livre da viciosa ideia de que o texto artístico precisa ser empolado e adjetivoso. / Em Morte e vida Severina percebem-se várias alegorias e metáforas. Severino, a alegoria dos marginalizados; a viagem, a vida dos retirantes na luta pela sobrevivência; o rio Capibaribe, o curso da vida.
Em Vidas secas, Fabiano, como patriarca da família de retirantes, mantém uma relação autoritária e opressiva com Sinhá Vitória e com os filhos. / Em Morte e vida Severina, na cidade de Recife, ao ouvir a conversa dos dois coveiros, aumentam as esperanças de Severino de encontrar melhores condições de vida.
Vidas Secas, obra clássica da literatura brasileira, é narrada em terceira pessoa e tem uma visão que ora se identifica com a da personagem ora se afasta. / Morte e vida Severina mostra o trajeto que Severino percorre do sertão à capital, em busca de uma vida melhor em uma terra inóspita e o nascimento de um menino que representa o nascimento de Cristo.
Em Vidas secas, a estrutura social, econômica, geográfica e psicológica em que vivem Fabiano e sua família é, em si, opressiva. / Morte e vida Severina, estruturalmente, é uma peça teatral em forma de poesia, com 18 partes, acompanhadas de títulos que indicam uma espécie de resumo do seu conteúdo.
N. d.a.